quarta-feira, 17 de março de 2010

"sexo, mentiras e vídeos"

o título é falacioso;

quando se considera que uma mentira pública "não é grave", então todas as roupagens são permitidas.

http://www.tvi24.iol.pt/geral/perez-metelo-comentario-opiniao-economia-desemprego/1147803-5238.html
(a partir do min 4-5)

Haja alguém sério. que isso de ser sério parece cada vez mais uma miragem e um privilégio de gente rica.

Que seja necessário cortar nos "subsídios de desemprego", é uma questão, já que infelizmente o número de pessoas que lutam por um emprego é mais do que muito; que se venha justificar essa medida com "vagas por ocupar" é outra questão, e a segunda questão é bem dissimulada, bem ofensiva para a maior parte dos desempregados, bem "à maneira de mentir no parlamento não é grave".

e não queria aqui misturar outras questões para não parecer demagoga, mas lá terá que ser; quando se diz que um prémio de um determinado trabalhador público (infelizmente muitos determinados, e ainda por cima parece que o respectivo prémio não terá uma correspondência directa com o sucesso que criam :( -que não gosto de bodes espiatórios- é o equivalente a 20 anos de trabalho de outro trabalhador público, para mim, algo está muito errado. dizem-me que o problema não é da distribuição da riqueza, que não é haver ricos mas sim haver muitos e muito pobres -e eu até concordo- MAS se o dinheiro que paga a um e a outro trabalhador é o NOSSO dinheiro, o errário público, então aí o problema é também de distribuição de riqueza; e o nosso -de Portugal- lugar cimeiro em "desigualdade de rendimentos", para mim, é um sinal de que algo está muito errado.

não vou falar do meu caso pessoal; pensei nisso, mas tirando expor-me, penso que não serviria de muito, já que como eu, há para aí milhares de casos. os desempregados, que até "já trabalharam e muito" e não têm direito a qualquer tipo de apoio financeiro por parte do "estado". -se fôssemos homenzinhos, talvez já tivêssemos emigrado ou feito uma "verdadeira revolução"; mas temos vergonha ou falta de coragem -os ditos cujos parece que não estão lá!; afinal há aí tanta terra por cavar. Pessoa com qualificações -bastantes e bastante especializada- para viver na capital e ganhar 745 euros, sem direito a subsídio de férias, natal ou eventualmente desemprego, procura-se. ...muita revolta...

outra questão e ainda outra e ainda outra.
-O problema são os salários muito baixos, demasiado baixos, e não os subsídios altos.
-O problema são a falta de apoios sociais; se eu pudesse receber um subsídio, ainda que inferior ao meu "salário mínimo nacional", ainda poupava por não trabalhar, já que não "precisava gastar dinheiro na creche dos miúdos", podia cuidar deles, não precisava pagar "o lar", podia cultivar a quinta, ..., não era submetido a "assédio moral"...-e aqui talvez soe a demagogia pura...mas não é...-e afinal este é um governo socialista ou o raio que o parta?!
-os EFAs e afins, que podem ter uma ideologia quase perfeita, mas na prática..., porque não, então, oferecer formação que vá de encontro ao que "os empresários" precisam?! -aquelas tais 12 000 ou 19 000 posições por ocupar: pergunta 1 porque é que não foram ocupadas?!, foram "os malandros dos desempregados" que não os quiseram ocupar?!! aqueles "gatunos que vivem à grande e à francesa" com...-com quanto?!- com 500 euros?!
-e eu é que sou acusada de demagogia?!

-sem querer perder a "minha seriedade" -que tem dias- vão para a mãezinha que os pariu!

Sem comentários:

Enviar um comentário