quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

«Relatório Kinsey»

"Kinsey" (2004 - 113m)
SINOPSE
NOMEADO PARA 3 GLOBOS DE OUROIncluindoMELHOR FILME
Liam Neeson protagoniza este filme no papel de Alfred Kinsey, um homem movido por paixão pela ciência e ímpeto pessoal em investigar o elusivo mistério da sexualidade humana.Laura Linney arrecadou uma nomeação para o Óscar® de Melhor Actriz Secundária pela seua fascinante interpretação da mulher, livre de pensamento, de Kinsey.Este provocador drama ousa levantar o véu da vergonha de uma sociedade em que o sexo era escondido, o conhecimento considerado perigoso e falar sobre o assunto era o derradeiro tabu. REALIZADOR Bill Condon INTÉRPRETES Liam Neeson, Laura Linney, Chris O'Donnell, Peter Sarsgaard, Timothy Hutton, John Lithgow, Oliver Platt, Tim Curry.

http://www.dvdpt.com/r/relatorio_kinsey.php


João Lopes (joaol@mrnet.pt)

O texto seguinte foi publicado no jornal Diário de Notícias a 10 de Fevereiro de 2004. De que falamos quando falamos de sexo? Para o investigador Alfred Kinsey (1894-1956), havia um problema a resolver antes mesmo de tal pergunta. Ou seja como pôr, efectivamente, as pessoas a falar de sexo? «Relatório Kinsey», o filme de Bill Condon («Deuses e Monstros») é, antes do mais, sobre essa dificuldade, ao mesmo tempo científica e ética, de encontrar um terreno comum a partir do qual seja possível descrever as práticas sexuais. Vale a pena sublinhar que não estamos face a uma personagem mais ou menos "especializada" e esotérica. Nada disso com a publicação do célebre "Relatório Kinsey", em 1948, Alfred Kinsey passou a ser uma figura de referência, integrando o imaginário de toda uma geração americana, precisamente daqueles que, no pós-guerra, assumiram a paternidade dos baby boomers. O filme é a história da investigação de Kinsey, não apenas como exercício científico, mas também como processo de auto-análise das suas origens familiares ultra-conversadoras. E não deixa de ser irónico que isto aconteça no interior de uma cinematografia na qual a "visibilidade" do sexo sempre foi uma questão institucional mais ou menos complexa (para nos ficarmos por um dos mais recentes exemplos, lembremos as polémicas de 1990 em torno do lançamento de «Henry & June», de Philip Kaufman). «Relatório Kinsey» consegue uma proeza a que apetece chamar regressiva. Que é como diz mostrar que a questão dos interditos visuais nunca é separável da ordem da fala e dos modos colectivos (familiares, sociais, institucionais) de gestão da palavra. Daí o peso decisivo das notáveis interpretações de Liam Neeson e Laura Linney no casal Kinsey. Eles conseguem colocar em cena as dúvidas e as perplexidades de dois cientistas que descobrem a fala como paisagem "esquecida" de todas as barreiras sociais de percepção da sexualidade. Nesta perspectiva, «Kinsey» é um filme genuinamente didáctico que sabe resistir ao simplismo televisivo dos nossos tempos não basta uma relação "liberal" com as imagens para conhecer o mundo. Cada imagem é sempre aquilo que com ela dizemos (ou calamos). Mesmo se for de um sexo. Aliás, sobretudo se for de um sexo.
http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=4610

apeteceu-me falar contigo. tenho saudade de uma imagem, concepção -que talvez nem exista- mas, que por momentos "me divertiu". mais do que divertir- talvez. mas é importante saber o que se quer. isso é sempre importante. e é tão ou mais importante quando duas pessoas se aproximam. se querem o mesmo. se querem caminhar na mesma direcção. e nisso, fomos -ou não- mestres. tu disseste o que querias. eu disse o que não queria. não queríamos a mesma coisa. e não falando, particularmente, de nós, essa abordagem pode levar a - a quê?!- a que se perca o essencial...e no fim de contas, os caminhos talvez até se cruzassem. já te disse que não falo do nosso caso. no nosso caso...era óbvio que não seguíamos o mesmo sentido. é que precisamente "aquilo que te mete medo", talvez seja exactamente o que procuro. -e daí não sei, mas no entanto, esse é um caminho que neste momento me parece seduzir...

e tu eras tão sexual. não é que eu não o seja. mas...e o amor onde é que fica?! de acordo com kinsey esse não é científico, logo não mensurável...e por isso fica de fora.

-feelings, love, sexual attraction, sex, pleasure, emptiness, meaning, freedom, enlightenment, fear, willing, jump, behaviour, masturbation, loneliness, finding, knowledge, experimentation, uniqueness. UNIQUENESS! UNIQUE.

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