quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"O grande truque é a motivação”

Há muito tempo que nos temos afastado da nossa vocação. Uma das coisas boas, se (o raio do optimismo nem sempre é fácil de manter…e depois há também a nossa preguiça, que isto de ser optimista, para quem não foi bafejado pela natureza, nem sempre é pouco trabalhoso) / quando voltarmos à vida de activos (!) é que talvez não haja mais motivo para escrever este blog. nem tempo. reparem que eu coloquei o talvez, o que quer dizer que é provável que o visite.
Hoje vou, desde há muito tempo, enviar uma candidatura. é um pequeno passo para o homem mas um grande passo para…para alguém. Quer dizer que talvez (e mais uma vez o raio do TALVEZ) eu esteja a sair da minha há avanços e recuos. That´s life, i guess.
Embora o seguinte extracto não seja (exactamente) sobre o tema em causa, parece-me bastante adequado. É mais uma vez, (quase) manipulado. É um extracto que eu seleccionei e que não representará, porventura, o teor da entrevista. Também não será esse o meu objectivo, por isso aí vai o extracto.

“iniciou um percurso de resistência…que teve, como ponto de partida, a palavra “vontade”
É uma palavra com vários sentidos. …De alguma maneira, tudo o que fazemos devolve-nos a nossa identidade. …
…porque estava no meu limite de sobrevivência. … Voltando à questão da vontade, teve a ver com uma decisão de iniciar um caminho e persistir.
…afecta-nos ao nível conceptual da alma. …É…um vazio do vazio.

Estava numa situação extrema e pensava “Que estímulos, tácticas e estratégias tenho para sobreviver?” Tudo isto está directamente relacionado com o nosso grau de maturidade, consciência e lucidez.
mas como somos humanos podemos fraquejar. Quando se define o Norte, temos de saber para onde vamos, mas também é preciso coragem de não ser rígido e poder mudar o rumo.

Teve a ver com uma forma de me conseguir sintonizar com a minha alma sem me permitir muito ruído.

Significa que para voltar a ser quem sou, tenho de voltar a fazer as coisas que conheço e que me devolvem a identidade. Mas, por outro lado, a questão também é esta “Se já não sou quem era, como posso querer voltar a ser quem já não sou?”

Caminhava, sintonizado com o ritmo da respiração, porque é a respiração que nos liga à vida.

Para ter esta conversa tenho de me disponibilizar. … ter conseguido a capacidade única de observar-me sem emoção. Isso permitiu-me atingir um grau de liberdade que nunca mais experimentei.

…A deficiência quando não é mental, só existe na cabeça.
…E aí percebemos que tudo são conceitos e que o pensamento tem muita força. …

Foi o lugar onde encontrei a forma de expressão da minha individualidade dentro de uma contexto colectivo.
O grande truque é a motivação

Entrevista de Ana Soromenho a Miguel Seabra, actor, …,45 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando tinha 30 anos.

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